sexta-feira, 16 de maio de 2008

Afinal, o que é o ciberjornalismo???

Nas palavras do Prof. Hélder Bastos (proferidas na aula de TEJ-Online de 16/06/2008), "o ciberjornalismo é o jornalismo do futuro". Mas afinal, o que é, na realidade, o ciberjornalismo?

O ciberjornalismo não é mais do que a produção de artigos e informação com vista à sua publicação on-line. É caracterizado, entre outros factores, pela possibilidade de complementar os textos com gráficos, ficheiros de vídeo e audio: a chamada narrativa hipermédia. Citando, mais uma vez, o Prof. Hélder Bastos, desta feita através do seu livro Ciberjornalismo e Narrativa Hipermédia, o jornalismo digital (outro nome pelo qual o ciberjornalismo também é conhecido) é facilmente distinguível dos outros tipos de jornalismo (radiofónico, televisivo, impresso) graças à sua componente tecnológica "enquanto factor determinante em termos de uma definição operacional".

Tal como os outros tipos de jornalismo, o ciberjornalismo também tem as suas regras. Uma delas é a escrita: há que firmar novas práticas e modos de escrita para os chamados cibermeios. Mas tal não significa que se abandone todo um conjunto de formatos e técnicas empregues pelos jornalistas ao longo do tempo, já intrínsecos às suas rotinas. Apenas significa que existem determinadas possibilidades expressivas que só o ciberjornalismo permite explorar e , acima de tudo, desenvolver.

Este conceito é exemplarmente abordado pelo Professor Rámon Salaverría, da Universidade de Navarra, em Pamplona, Espanha (cuja entrevista se encontra nos links situados no final deste artigo). O autor de Redacción periodística en internet considera que "jornalistas não devem ficar presos aos formatos narrativos tradicionais (...) também podem arriscar. A tecnologia não é inimiga".

A ideia de um futuro intrínsecamente ligado à tecnologia é bem-vista por uns e motivo de susto para outros; e, quando entramos no campo do Jornalismo, a mudança é gigantesca. A Internet tudo transforma, inclusive a prática desta profissão, com mudanças que alteram por completo a área informativa. O Jornalismo procura adaptar-se a este novo meio, não só através dos conceitos já referidos acima, mas também através de dois factores intimamente relacionados com a Internet, e que constituem, hoje em dia, a razão de ser da última: a actualização permamente e a interactividade.

Mas, infelizmente, nem tudo são rosas. Mais uma vez, o Prof. Hélder Bastos resume o panorama nacional numa única frase, numa entrevista ao DN aquando das Jornadas Dez Anos de Jornalismo Digital em Portugal Estado da Arte e Cenários Futuros, realizadas em 2005 : "O ciberjornalismo está numa fase rudimentar em Portugal". Apesar das inúmeras vantagens e potencialidades que advêm deste novo tipo de jornalismo, em Portugal este não é devidamente aproveitado: a aposta no ciberjornalismo é fraca e pobre. João Canavilhas, docente da UBI presente nas mesmas jornadas, realça que, com o ciberjornalismo, "é possível fazer com uma estrutura complexa de hipertexto: a notícia funciona como uma espiral, linkando para outros sites, sem fechar o ângulo da história".

É pena que, com as inúmeras portas que o ciberjornalismo abre, este seja tão mal aproveitado no nosso país. Mas cabe a cada um de nós, os jornalistas in the making, fazer o esforço para mudar esta situação. Se o ciberjornalismo é uma mais-valia assim tão poderosa, porque não aproveitá-la de modo satisfatório, dando-lhe todo o protagonismo e destaque que ela merece?


Para mais informações sobre o Ciberjornalismo, visitar os seguintes links:

domingo, 11 de maio de 2008

Uma Queima para recordar...

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Baby you can drive my CAR

CAR é um acrónimo para Computer-assisted reporting (Jornalismo Assistido por Computador, JAC em português). Também conhecido por CAJ (Computer-assisted Journalism), é um termo genericamente usado pelos jornalistas que se refere à recolha de dados electrónicos e técnicas de apresentação, análise e tratamento de dados usadas para a criação de notícias.

O JAC é, também, uma das disciplinas mais antigas no que concerne ao estudo do Jornalismo aliado à tecnologia e à Internet; esta foi criada dadas as profundas alterações e impacto que a informática provocou na prática do Jornalismo.

A generalização dos computadores e da Internet, bem como o desenvolvimento do software, trouxeram uma revolução na forma de fazer Jornalismo. Hoje em dia, os jornalistas organizam a informação em bases de dados, folhas de cálculo, programas estatísticos; estudam fenómenos políticos e demográficos através de sistemas de informação com mapas integrados; realizam entrevistas via e-mail; fazem pesquisas de informação on-line para os seus artigos. Mais ainda, podem armazenar no disco rígido conteúdos fotográficos, sonoros, audiovisuais, bem como informações proveninentes de outros meios de comunicação.
Nada disto seria possível sem o advento dos computadores e de toda a tecnologia que lhes é intrínseca.

Mas não é preciso "chamar-mos" aplicações e ferramentas tão avançadas para percebermos o quanto os computadores vieram facilitar e revolucionar o Jornalismo. Tarefas (hoje tão simples e básicas para nós) como guardar um texto, corrigi-lo, recortá-lo, copiá-lo, não eram possíveis há alguns anos atrás, quando os jornalistas se serviam da máquina de escrever ou, na pior das hipóteses, da caneta e do papel.

Como diria Joaquim Fidalgo, antigo jornalista e actual professor na Universidade do Minho, " O computador por si representa já um instrumento extraordinário de fazer Jornalismo, mas um computador ligado à Internet será cada vez mais imprescindível na profissão". A grande mais-valia da Internet para o CAR/JAC é a velocidade com que dados e factos podem ser difundidos. Estes chegam até ao jornalista rapidamente e "em bruto", pois não existem intermediários entre eles. É também graças a Internet que se deve o aparecimento dos chamados jornais on-line (também abrangidos pelo conceito CAR/JAC), que disfrutam das inúmeras potencialidades oferecidas pela Web, como a possibilidade de incorporar vídeos, aúdios, armazenamento de conteúdos em arquivo, entre muitas outras.

O computador tornou-se hoje, para o jornalista, essencial e imprescindível para a construção das notícias. Mais que um aliado, uma ferramenta indispensável, é (porque não dizê-lo) o seu braço direito.


Para saber mais sobre o CAR / JAC:

http://www.labcom.ubi.pt/jac/o_que_e_jac.html
http://www.poynter.org/dg.lts/id.5435/content.content_view.htm
http://www.alaic.net/VII_congreso/gt/gt_1/GT1-P15.html
http://www.bocc.ubi.pt/pag/_texto.php3?html2=sousa-pedro-jorge-jornalismo-on-line.html
http://www.bocc.ubi.pt/pag/_texto.php3?html2=canavilhas-joao-webjornal.html

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Twitter



Twitter é uma rede social e servidor para microblogging que permite que os utlizadores enviem atualizações pessoais contendo apenas texto em menos de 140 caracteres via SMS, e-mail, site oficial ou programa especializado. Foi fundado em Março de 2008 pela Obvious Corp. em São Francisco.

As atualizações são exibidas no perfil do utilizador e também enviadas a outros cibernautas que tenham assinado para recebê-las. É possível receber atualizações de um perfil através do site oficial ou por RSS , SMS ou programa especializado.

Devido ao sucesso do Twitter, um grande número de sites parecidos foram lançados em todo o mundo. Alguns oferecem o serviço para um país específico, outros unem outras funções, como compartilhamento de arquivos no Pownce .

A página online do jornal Público é uma das muitas que já incorporam o Twitter.